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Ronco e Apneia do sono: tudo o que você precisa saber.

Roncar não é normal, e ele pode ser sinal de uma doença mais grave, a apneia do sono. Nesse artigo falamos sobre tudo o que você precisar saber sobre essas duas doenças.

imagem mostrando homem roncando na cama e mulher incomoda com o barulho

O que é o ronco?

O barulho do ronco é resultado da vibração das estruturas presentes na nossa faringe (garganta) causado pela passagem do ar durante o sono. Nesse momento em as estruturas ficam mais flácidas pelo relaxamento da musculatura de sustentação. O som pode acontecer em algumas situações específicas. Por exemplo quando se dorme de barriga para cima, após ingerir bebidas alcoólicas ou devido ao uso de algumas medicações. Mas, independente da idade, se esse sintoma for diário ou atrapalhar a qualidade do sono, ele deve ser investigado.

O que causa o ronco?

O ronco pode ter várias causas. Por exemplo, pode acontecer por conta da obesidade. Mas também está relacionado com algumas alterações anatômicas como o desvio de septo, amígdalas e adenóide aumentadas.

O que é a apneia do sono?

O ronco também é o principal sinal de alarme para uma doença chamada apneia do sono. A apneia acontece quando há interrupção total da passagem de ar pelas vias aéreas. Nossa via respiratória é um tubo flácido como um canudo. Durante o sono há um relaxamento da musculatura da faringe fazendo com que o “tubo” fique mais frouxo e flácido. Nesse momento, ele pode acabar se fechando com a passagem do ar. Algumas pessoas já tem um tubo naturalmente mais estreito e por isso, são mais propensas a ter uma apneia. Por exemplo pessoas obesas, pela própria gordura que se acumula na garganta e base da língua. Bem como aqueles com palato flácido e amígdala hipertrófica, estão mais sujeitos a terem apneia.

Como saber se eu tenho apneia?

Os principais sintomas da apneia do sono estão relacionados ao sono. O paciente pode sentir que não teve uma noite boa e apresentar sonolência e cansaço durante o dia. Mas em alguns casos, quem suspeita da doença é o parceiro que vem reclamando dos roncos e pode até perceber essas paradas na respiração. O paciente pode até acordar com a sensação que está sufocando ou engasgado.

O que a Apneia pode causar?

O sintoma mais facilmente associado a apneia é uma noite mal dormida, causando cansaço e sonolência no dia seguinte. Entretanto esses não são os únicos prejuízos que ela pode causar. O sono é essencial para várias outras funções e habilidades do nosso corpo.

Dormir bem é essencial para a consolidação do aprendizado. Quem sofre com essa doença pode apresentar desatenção, dificuldade de se concentrar e problemas de memória. Tudo isso pode ter impacto no desempenho no trabalho ou na escola. A privação de sono ainda altera a produção de vários hormônios. Por exemplo, a grelina e leptina, que estão relacionados com a fome e a sensação de saciedade, favorecendo o ganho de peso. Além disso, altera também a produção de hormônios sexuais provocando diminuição da libido e do desempenho sexual.

A apneia prejudica, igualmente, a imunidade, nos deixando mais vulneráveis a infecções e pode até interferir na produção de anticorpos após uma vacina. Outra efeito ruim é que para possibilitar que a pessoa respire, o organismo libera adrenalina nos momentos de apneia. Ela superficializa o sono e melhora o tônus da musculatura. Por fim, a adrenalina liberada a noite durante anos, por sua vez, aumenta o risco de pressão alta e suas consequências como infarto e AVC.

Quais são as causas para se ter apneia?

A apneia tem uma origem multifatorial, o que significa que pode ser causada por vários motivos diferentes. Por exemplo, o excesso de peso e obesidade. Isso por que o excesso de gordura se deposita entre as fibras musculares. Também pode ser causada por alterações anatômicas, como desvio de septo, amídalas grandes e retrognatia. Retrognatia é quando a mandíbula (região do queixo) tem uma posição mais posterior em relação a maxila. Além disso, também contribuem para apneia fatores neuromusculares, relacionados com a resposta neural e dos músculos frente a uma apneia. Bem como o uso de medicações como sedativos e álcool em excesso. O quadro é mais comum em homens que mulheres, e em idosos.

Como é feito o diagnóstico da apneia?

Para saber se você tem apneia, é necessário fazer um exame chamado polissonografia. Esse exame é realizado durante uma noite de sono, no qual o paciente é monitorizado em vários aspectos. Existem eletrodos para captar os estágios do sono, uma cânula para medir o fluxo respiratório. Também existem eletrodos que percebem a movimentação do abdome, olhos, pernas e músculos da mastigação. Assim como também é medida a saturação (oxigênio no sangue) e a frequência cardíaca.

Qual o Tratamento da Apneia do sono?

O tratamento vai depender da gravidade da apneia, que pode ser leve, moderada ou grave, assim como da sua causa. Se houver alguma alteração anatômica, alguns procedimentos cirúrgicos podem ser feito. Por exemplo, a cirurgia para correção do desvio de septo; para retirada das amígdalas e adenóides. Outras opções também são a faringoplastia, que é uma cirurgia na parede lateral da faringe, ou ainda o avanço maxilo-mandibular. Essa cirurgia movimenta a maxila e a mandíbula para frente, aumentando o espaço posterior da faringe. Para saber mais sobre os procedimento cirúrgicos clique aqui.

Dentre os tratamentos não cirúrgicos as opções são o uso de aparelho intra-oral ou do CPAP.

O que é o aparelho intra-oral?

O aparelho intra-oral é um tipo de aparelho ortodôntico, usado dentro da boca durante o sono. Seu objetivo é trazer a mandíbula alguns milímetros para frente, e com isso, aumentar o espaço para passagem de ar na faringe. Quem faz esse aparelho é um dentista especialista em medicina de sono. Ele é responsável também para ajudar na adaptação e acompanhamento posterior .

O que é o CPAP?

O CPAP é um aparelho que tem como objetivo manter as vias aéreas abertas durante o sono. Explicando melhor como ele funciona. Ele tem uma mascara que fica presa ao nariz e eventualmente a boca. Durante um evento de apneia, esse aparelho fornece ar sob pressão e assim evita que a faringe se feche. É um tratamento bastante eficaz, indicado principalmente para casos graves de apneia. Mas nem sempre é fácil se adaptar a ele.

Ademais, existe ainda a fonoterapia. Pode ser usada para casos leves, ou ainda para complementar as outras formas de tratamento. Trata-se de um acompanhamento feito com uma fonoaudióloga, que tem como objetivo fortalecer a musculatura da boca e faringe. Além de melhorar o posicionamento da língua.

É importante que o paciente que sofre de apneia entenda a importância do tratamento. Não é apenas acabar com os roncos, mas evitar as consequências ruins da doença, principalmente cardiovasculares. Junto do médico podem avaliar as opções e propor o melhor tratamento para cada caso


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Perda auditiva condutiva – causas e tratamentos

O que é a perda auditiva condutiva? Quais são as principais causas e opções de tratamento?

perda auditiva condutiva
Imagem ilustrativa de membrana do tímpano perfurada

Primeiro de tudo, o que é uma perda auditiva de condução?

As perdas auditivas são divididas em dois grandes grupos. Uma perda de audição pode ocorrer por uma alteração da cóclea e nervo auditivo. Neste caso sendo chamada de perda auditiva sensorioneural. Mas também pode ocorrer por qualquer fator que atrapalhe a chegada do som até a orelha interna. Nesse caso, o problema está na condução do som, por isso a perda auditiva é chamada de condutiva ou de condução. 

Nesse artigo iremos focar apenas nas perdas auditivas de condução. A fim de facilitar a compreensão, vamos analisar cada uma das estruturas envolvidas na transmissão do som até a cóclea. Assim conseguimos entender exatamente como elas podem causar uma perda de audição.

Como funciona nossa audição?

Primeiramente precisamos aprender como funciona nossa audição. O som é captado pelo pavilhão auditivo e levado pelo conduto auditivo externo até a orelha média. Em seguida, o som provoca uma vibração da membrana timpânica, que então é transmitida para a cadeia ossicular, até finalmente chegar a cóclea. A cóclea é nosso órgão da audição. Ela irá transformar o estímulo sonoro em impulso elétrico e mandar as informações para o cérebro. 

Na figura abaixo, vemos um desenho mostrando a anatomia da orelha. A orelha pode ser dividida em 3 partes – orelha externa, orelha média e orelha interna. Primeiro temos a orelha externa. Ela é composta pelo pavilhão auditivo e meato acústico externo. Em seguida vem a orelha média que começa a atrás do tímpano, formando uma região chamada de cavidade timpânica. É nessa região que estão os 3 ossos da audição: martelo, bigorna e estribo. Por fim temos a orelha interna. Ela é formada pelo labirinto posterior, com estruturas relacionadas com nosso equilíbrio como os canais semicirculares, e o labirinto anterior, que corresponde a cóclea e está relacionado com a audição.

Imagem ilustrativa da anatomia da orelha
Imagem esquematizando a anatomia do nosso ouvido

A imagem acima ajuda a entender a perda de condução. Todas as estruturas da orelha externa e média podem causar uma perda auditiva se não conseguirem transmitir o som de forma adequada até a orelha interna. Por isso, vamos falar especificamente de cada uma dessas estruturas, começando de fora para dentro.

Malformações de pavilhão auditivo e conduto auditivo externo como causas de perda auditiva

Primeiramente vamos falar sobre o pavilhão e conduto auditivo externo. Eles podem causar uma perda auditiva se estiverem malformados, como no caso das microtias, agenesias e estenoses do conduto. As microtias são alterações no formato do pavilhão auditivo. As agenesias e estenoses são alterações no diâmetro do conduto auditivo.

Essas alterações podem ser congênitas, presentes desde o nascimento, ou adquiridas, nesses casos causadas por traumas ou infecções. Dependendo do caso ou grau das alterações, elas podem ser corrigidas cirurgicamente. Nesses casos, se a anatomia normal foi restabelecida, a audição pode ser recuperada.

Já quando a cirurgia não é possível, existem outras opções de tratamento para reabilitar a audição. A primeira opção para maioria das perdas auditivas é o uso de aparelhos auditivos convencionais. Entretanto no caso de malformações externas, a anatomia alterada pode dificultar a adaptação desses aparelhos. Nesses casos, uma outra opção é a colocação de próteses auditivas ancoradas ao osso (PAAO).

O que são as próteses auditivas ancoradas ao osso?

PAAO são dispositivos eletrônicos colocados através de uma cirurgia. Seu objetivo é estimular diretamente a cóclea por condução óssea. Eles são compostos por um dispositivo externo que capta o som e transforma esse som numa vibração. Essa vibração vai estimular diretamente a cóclea, sem passar pelas outras estruturas da orelha. Assim ele “desvia” de todas as regiões que estão alteradas e não conduzem o som de forma adequada.

Cera de ouvido pode causar perda de audição condutiva?

Ao contrário das malformações, existem causas de perdas condutivas que podem ser revertidas mais facilmente. Uma das principais causas de perda auditiva temporária é a rolha de cerume. Quando ocorre o acúmulo de cera, ela obstrui a passagem do som pelo conduto, causando uma perda auditiva. A audição pode ser rapidamente recuperada com uma lavagem de ouvido. Da mesma forma, qualquer objeto ou secreção dentro do conduto auditivo, também podem causar uma perda de audição. Por exemplo, sangue ou secreção que acumulam durante infecções ou objetos colocados no ouvido como um pedaço de algodão.

Infecção de ouvido, as famosas otites, como causa de perda auditiva condutiva

Como já foi falado, as infecções de ouvido, chamadas de otites, também podem causar perda auditiva. As otites podem ser externas, acometendo pavilhão e conduto auditivo, até a membrana do tímpano, ou médias quando atingem a cavidade timpânica. No primeiro caso, o inchaço das paredes do conduto auditivo e o acúmulo de secreção no conduto, dificultam a chegada do som até a cóclea e assim prejudicam a audição. O tratamento da infecção é feito com uso de antibióticos. Quando a doença sara, a audição melhora também.

Já nas otites médias, ocorre acúmulo de secreção na região atrás do tímpano. Isso impede a passagem de som, causando perda auditiva condutiva. O tratamento é o mesmo com o uso de antibióticos. Ele também reverte a perda de audição. Mas em alguns casos, a secreção pode permanecer mesmo sem a infecção. Caso ela permaneça por mais de 3 meses é chamada de otite média serosa crônica. Então para resolver esses casos, quando a secreção não sai espontaneamente, é indicado uma cirurgia para colocação de um tubo de ventilação.

O que é o tubo de ventilação?

O tubo de ventilação é um pequeno cilindro que tem formato de carretel e funciona como um dreno. Ele é colocado na membrana timpânica e comunica a cavidade timpânica com o meato acústico externo. Dessa forma, ele evita o acúmulo de secreção e mantém uma pressão adequada dentro da caixa timpânica. Ao passo que ele restabelece as condições normais na orelha média, ele ajuda na recuperação da audição. Para saber mais sobre a cirurgia do tubo de ventilação, clique aqui.

Membrana timpânica e cadeia ossicular como causas de perda de audição

Finalmente agora, vamos focar na membrana timpânica e na cadeia ossicular. Ambas têm papel importante na transmissão do som até a cóclea. Pois é a vibração delas, que ajuda o som a chegar até a cóclea. Como já foi dito, a cadeia ossicular é formada por 3 ossos – martelo, bigorna e estribo. Esses ossos estão em contato direto e são articulados entre si. As alterações dessas estruturas que podem causar perda auditiva condutiva são: perfuração na membrana timpânica, malformações ou disjunções da cadeia ossicular.

Primeiramente vamos falar sobre perfurações na membrana timpânica. Elas podem acontecer após infecções de ouvido ou depois de um trauma, como o uso de cotonetes ou durante brigas.  Na grande maioria dos casos, elas cicatrizam espontaneamente. Mas quando isso não ocorre pode ser necessário fazer uma cirurgia para reconstruí-la. (Para saber mais sobre perfuração do tímpano e a cirurgia para corrigi-la, clique aqui).

As disjunções acontecem quando os ossos da cadeia ossicular perdem o contato entre si, geralmente após um trauma. Existem cirurgias que podem corrigir tanto as disjunções, como algumas malformações. Quando isso não for possível, todos esses pacientes podem se beneficiar do uso de aparelhos auditivos.

Otosclerose – principal causa de perda auditiva condutiva

Por fim, vamos falar de Otosclerose. A otosclerose também é uma doença da cadeia ossicular, no caso do estribo. Ela surge quando ocorre um endurecimento de partes desse osso, decorrentes de alterações no metabolismo ósseo. A medida que o osso vai ficando mais rígido, ele não consegue vibrar adequadamente, atrapalhando a condução do som e causando uma perda auditiva. Classicamente, essa doença acomete principalmente mulheres. Sendo que pode ocorrer uma piora importante da audição durante a gestação. Isso porque a progressão da doença está relacionada com alterações hormonais características desse período. 

Qual tratamento da otosclerose?

A otosclerose também tem um tratamento cirúrgico. Através de uma cirurgia chamada de estapedotomia, o estribo é substituído por uma prótese, recuperando a audição. Mesmo assim, existem casos, em que a doença pode progredir, acometendo também a orelha interna. Nessa situação, além da perda de condução começa a ter também uma perda auditiva sensorioneural. Quando temos os dois tipos de perda de audição juntos, chamamos esse quadro de perda de audição mista.

O tratamento nesses casos vai depender do grau da perda de audição. O uso de aparelhos auditivos convencionais é a opção para perdas leves a moderadas. Já em perdas severas e profundas, a opção é o implante coclear. Esse aparelho é um dispositivo eletrônico colocado por cirurgia. Ele funciona através de um eletrodo, que é colocado dentro da cóclea, e assim consegue estimular diretamente o nervo auditivo. Dessa forma, ele substitui totalmente a função da orelha interna e consegue restaurar a audição. Para saber mais sobre esse dispositivo, clique aqui.

Em resumo, existem muitas causas de perda de audição condutiva, e cada causa tem um tratamento específico. Assim, os pacientes com essa alteração em exames de audiometria devem ser avaliados individualmente por um otorrinolaringologista para propor a melhor opção para cada caso.


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Imagem ilustrativa de tímpano perfurado

Tímpano perfurado – tudo o que precisa saber esse problema

Tímpano perfurado – o que é, quais as causas, sintomas e como tratar!

Imagem ilustrativa de membrana do tímpano perfurada

Primeiro de tudo, precisamos saber o que é o tímpano?

Essa estrutura, também chamada de membrana timpânica, fica no final do conduto auditivo. Ela serve para separar a orelha externa da orelha média. Além de proteger a orelha média, ela também tem papel importante na audição. Quando o som chega no tímpano, ele vibra e transmite essa vibração para 3 ossinhos (estribo, martelo e bigorna). Como resultado disso, o som chega até a orelha interna, onde ele vai ser transmitido até o cérebro. Quando por algum motivo, essa membrana tem alguma falha dissemos que o tímpano está perfurado.

O que pode causar uma perfuração no tímpano?

São duas as causas principais. A primeira é por algum trauma que machuca o tímpano. Por exemplo, colocar algum objeto no canal auditivo. Pode ser pente, chave, dedo, mas o objeto mais comum de machucar é o cotonete. Além disso, o trauma pode ser causado por uma variação brusca de pressão. Isso pode acontecer por um tapa ou soco próximo ao ouvido, que desloca o ar, ou em atividades de lazer como o mergulho.

A segunda causa principal de tímpano perfurados são infecções do ouvido. Quando temos uma infecção, pode ocorrer o acúmulo de secreção atrás do tímpano. Se acumular muita secreção, pode causar uma perfuração. Nesse caso, ela ajuda a drenar parte do líquido acumulado.

O tímpano pode cicatrizar sozinho?

Sim! De fato, a grande maioria das perfurações cicatrizam sozinhas em cerca de 1 mês. Mas quando isso não acontece, pode ser necessário fazer uma cirurgia. O ideal é esperar pelo menos 3 meses. Assim temos certeza que a perfuração não vai fechar espontaneamente. A cirurgia para corrigir o tímpano chama timpanoplastia. Para saber mais detalhes sobre ela é só clicar aqui.

O que a gente sente quando o tímpano é perfurado?

No momento que acontece a perfuração, pode doer e até sair sangue do ouvido. Logo depois, algumas pessoas ainda se queixam de perda de audição, zumbido no ouvido e a sensação de ouvir um eco quando fala. Conforme o tímpano vai cicatrizando, os sintomas vão diminuindo até sumir espontaneamente.

Mas, e se a perfuração não fechar? Nesse casos, os sintomas podem variar. Enquanto algumas pessoas não sentem nenhum sintoma. Outras percebem uma perda de audição leve e um zumbido. Além disso, pode acontecer a saída de secreção do ouvido quando molhar no banho, na piscina ou se ficar resfriado.

Todo mundo precisa operar?

Depois que o tímpano perfurou, o primeiro passo é esperar para ver se ele não cicatriza sozinho. Caso ele não cicatrize, a cirurgia é uma opção. Ela é feita com o objetivo de reconstruir a membrana timpânica e assim diminuir os sintomas. Principalmente as infecções que são o que mais incomoda os pacientes.

Nem sempre a cirurgia consegue recuperar totalmente a audição. Isso vai depender de alguns fatores. Primeiro, vai depender dos ossinhos que ajudam na audição. Eles podem estar parcialmente destruídos pelas infecções recorrentes. Durante a cirurgia, pode ser realizada a reconstrução desses ossinhos, mas o resultado não é garantido. Outro fator importante é a orelha interna. Em alguns casos, ela também pode ser afetada por muitas infecções e já ter algum prejuízo no seu funcionamento.

Quais cuidados devo ter com o tímpano perfurado?

O principal cuidado é evitar ter infecções. Por isso, a recomendação é proteger o ouvido do contato com a água, com o uso de tampões. Podem ser feitos tampão caseiro com um algodão embebido em óleo ou com uso de tampões próprios para natação.

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Tímpano perfurado

O que é o Teste da Orelhinha?

Você sabe o que é o teste da orelhinha e qual a importância dele para ajudar a identificar casos de perda de audição em crianças?

Foto de bebe fazendo avaliação auditiva
Foto de bebe fazendo avaliação auditiva

O que é o Teste da Orelhinha?

Antes de mais nada, precisamos saber que este teste é obrigatório por lei e deve ser feito ainda na maternidade. Ele serve para avaliar a audição em recém-nascidos e detectar de forma precoce se existe algum grau de surdez. O exame feito de rotina chama emissões otoacústicas (EOAs). Mas, em alguns casos, é realizado o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE). Ele é feito quando a criança tem algum risco para ter perda de audição. (clique aqui para saber mais sobre a perda de audição)

O exame não machuca o bebê e é feito entre o 2° e o 3° dias de vida. Se o exame vier normal, a criança pode seguir com acompanhamento apenas com o pediatra. No entanto, se o exame vier alterado, ele deve ser repetido nos primeiros 30 dias de vida. Não é preciso ficar preocupado, nem sempre isso significa um problema de audição. Muitas vezes, pode existir líquido amniótico do parto dentro do canal do ouvido nos primeiros dias de vida, dando um resultado falsamente alterado. Por isso é fundamental a confirmação do resultado.

Se o exame permanecer com alguma alteração, a criança deve ser encaminhada para uma avaliação com um otorrino. Nesse casos, é preciso realizar um exame de audição mais completo para confirmar a perda de audição e determinar o grau dela. Além de investigar sua causa. Baseado nos resultados dos exames, conseguimos avaliar qual o melhor tratamento. Isso pode variar desde o uso de aparelhos auditivos, até a realização de cirurgias como o implante coclear. (clique aqui para saber mais sobre o implante coclear)

Como são feitos os testes?

Primeiramente, vamos falar sobre as emissões otoacústicas (EOAs). Esse teste é feito introduzindo um aparelho no canal do ouvido. Esse aparelho emite um som, que vai estimular as células ciliadas externas dentro do ouvido. Essas células se contraem gerando um ruído. Em seguida, o mesmo aparelho capta essa resposta. Quando ele não capta o som, isso pode ser um sinal de que há uma perda auditiva. Mas se existir algo que atrapalhe a chegada do som até essas células, como o líquido do parto, o resultado pode vir alterado. Esse exame é totalmente indolor, e é feito com a criança dormindo.

Agora, vamos falar do PEATE. Ele é feito em crianças que têm algum fator de risco para ter perda auditiva. Também serve para complementar o teste EOAs em crianças que tiveram um resultado alterado na primeira avaliação. O PEATE é um exame mais completo. Pois ele avalia to trajeto do som desde a entrada na orelha até a resposta no tronco encefálico, parte do nosso cérebro. Ele é feito colocando eletrodos na testa e atrás da orelha. Além de um fone, que vai emitir um estímulo sonoro. Esse som chega na orelha interna e desencadeia um impulso elétrico. Esse impulso vai ser percebido pelos eletrodos gerando uma onda. Analisando as ondas formadas, é possível avaliar a atividade do nervo da audição e das estruturas do tronco encefálico.

Esse exame é um pouco mais desconfortável, e precisa da colaboração do paciente. Por isso, em crianças, o ideal é que elas estejam dormindo para fazer o exame. Quando isso não for possível, pode ser feito com sedação. O PEATE também é conhecido pelo nome de BERA (brainstem evocated response audiometry).

Quais são os fatores de risco que indicam a realização do PEATE?

  • Crianças que tiveram algum problema no parto como sofrimento fetal e falta de oxigenação adequada (quadros de hipóxia ou anóxia neonatal);
  • Recem-nascidos que permaneceram mais de 5 dias na UTI;
  • Bebês que tiveram infecções (sepse) neonatal, ou fizeram uso de medicações ototóxicas (que podem causar danos à orelha interna);
  • Crianças cujas mães tiveram diagnóstico de doenças na gestação como por exemplo sífilis, toxoplasmose, rubéola, HIV, CMV (citomegalovírus);
  • Recem-nascidos com outras doenças que podem dar perda de audição, por exemplo a síndrome de Down;

Atenção!

Uma observação importante é que mesmo que seu filho tenha um teste da orelhinha normal, o ideal é sempre observar se ele ouve bem. Existem perdas auditivas que só aparecem com o crescimento e que podem ter uma piora ao longo da vida. Por isso, se tiver qualquer suspeita de que uma criança não está ouvindo bem, deve-se repetir o exame de audição.

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O que é o Implante Coclear?

Você sabe o que é o implante coclear e como ele ajuda a restaurar a audição de pessoas com perda auditiva severa a profunda?

foto de um implante coclear
Foto de implante coclear

Você sabe o que é o implante coclear?

O implante coclear, também conhecido como ouvido biônico, é um aparelho eletrônico de alta complexidade que serve para restaurar a audição de pacientes que têm perda auditiva sensorioneural severa ou profunda e que já não sentem benefício com o uso de aparelhos auditivos convencionais. (clique aqui para saber mais sobre a perda de audição)

O implante é colocado através de uma cirurgia. O seu objetivo é substituir a função da orelha interna em pessoas que já não ouvem quase nada. Para isso, ele possui um eletrodo que estimula diretamente o nervo auditivo e leva os estímulos sonoros até o cérebro.

Ele é composto por 2 partes: a unidade interna e unidade externa. A unidade externa é a responsável por captar o som do ambiente, processar esse som e transmitir para a unidade interna. A unidade interna é colocada por baixo da pele e dentro do ouvido do paciente. Ela é composta por um receptor que recebe o som processado da unidade externa, um novo processador do som e o eletrodo que leva o estímulo sonoro até dentro do ouvido e transmite os impulsos para o nervo auditivo.

São vários os benefícios do implante coclear:

  • ele restaura a audição para níveis próximos ao da normalidade em crianças e adultos que tiveram perdas de audição ao longo da vida;
  • ajuda no desenvolvimento da fala de crianças que nasceram surdas ou ficaram surdas antes de aprenderem a falar, se colocado de forma precoce;
  • melhora a comunicação e interações sociais.

Todo mundo que não ouve bem, pode receber um implante?

O implante coclear é indicado quando uma pessoa tem o diagnóstico de uma perda de audição severa ou profunda e não sente uma melhora da audição com o uso de aparelho auditivo convencional. Nesse caso, ela passa a ser considerada uma candidata ao implante coclear. Para saber se ela irá ou não receber esse dispositivo, ela deve passar por uma avaliação criteriosa. Essa avaliação é feita por uma equipe multidisciplinar. Os profissionais envolvidos são: um médico otorrinolaringologista, uma fonoaudióloga e um psicólogo.

O primeiro passo é a avaliação médica que vai analisar o tipo, grau e causa da perda de audição. Além de verificar se o pacientes têm condições clínicas, ou seja, se não tem nenhuma doença que impeça a realização da cirurgia. Ele também vai analisar a anatomia do ouvido, e avaliar se ela permite a colocação do aparelho.

O papel da fonoaudiologia consiste 3 funções principais. Primeiro, ela vai confirmar o grau de perda auditiva. Depois, avaliar a resposta do paciente com o uso de aparelhos auditivos convencionais. E, por último, analisar se o paciente possui algum código linguístico, por exemplo, se ele aprendeu a falar, se faz leitura labial. Isso é super importante em adolescentes e adultos que são candidatos ao implante, para conseguir saber melhor quais os beneficios que o implante irá proporcionar.

Já o psicólogo vai avaliar se o paciente está preparado para cirurgia e para o processo de reabilitação após o procedimento. Também é super importante avaliar o grau de expectativa do paciente e possíveis limitações. A família do paciente também é avaliada pois sua participação é super importante durante todo o processo.

Como é a cirurgia e o pós-operatório?

Uma vez que o paciente é considerado apto para o procedimento, é marcada a cirurgia. Ela é feita em ambiente hospitalar e sob anestesia geral, ou seja, o paciente é entubado e permanece dormindo durante o tempo todo. A cirurgia demora em torno de 2 horas. É realizado um corte atrás da orelha, por onde é colocado a unidade interna por debaixo da pele. Em geral, o paciente tem alta no mesmo dia e permanece com os pontos cirúrgicos por 7-14 dias.

O paciente só recebe a unidade externa de 30 a 40 dias depois da cirurgia, quando o processo de cicatrização já está mais avançado. A partir de agora, inicia uma nova fase. Ocorre a ativação do implante. Seguido por um acompanhamento regular com a fono. Durante esse período, são feitos ajustes de programação do implante conforme as queixas e auxiliando na adaptação do paciente ao dispositivo.

A reação inicial varia muito, sendo esse momento, em geral, de muita ansiedade para todos. Em adultos que perderam a audição durante a vida, o processo costuma ser mais tranquilo. Isso porque o cérebro já estava acostumado a perceber o som antes da perda. Nesses casos, geralmente, os resultados são mais rápidos. Já em crianças com perda congênita (de nascença) ou adultos que nunca ouviram, é comum que esse momento cause uma certa estranheza e até algum grau de desconforto. Como o cérebro não estava acostumado a receber esse tipo de estímulo,  ele pode ser interpretado de formas diferentes. Adolescentes e adultos relatam perceber o som como se fosse uma vibração.

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Rinite alérgica em atletas – tem relação?

Você sabia que atletas de endurance, que praticam corrida, ciclismo de estrada e triatlo estão mais sujeitos a terem sintomas de rinite alérgica?

Atletas de endurance estão mais sujeitos a terem sintomas de rinite

Atletas tem mais sintomas de rinite alérgica?

Sim! Já existem alguns trabalhos que avaliaram a incidência de rinite em atletas olímpicos e os números chamam a atenção. Nas olimpíadas de Sydney e Atenas, 18 e 13% de todos os atletas relataram ter rinite. Sendo que em atletas praticantes de natação e ciclismo, esses números são ainda mais altos – 19,3 e 17,3%, respectivamente na Olimpíada de Pequim. Além disso, a incidência de rinite tem aumentado com o tempo. Na delegação australiana de 1976, apenas 9,7% dos atletas referiram sintomas de rinite, enquanto na Olimpíada de 1996, o número subiu para 21,9%!. Bastante, né?

Mas por que isso acontece? Em atletas de endurance isso pode ser explicado pelo aumento da ventilação e maior tempo de exposição a aeroalérgenos (substâncias que provocam os sintomas da rinite). Durante o exercício, a ventilação, isto é, a chegada do ar ao pulmão, pode chegar a 200 L/min. Esse valor é 6x maior que o normal. Esse aumento deixa a mucosa nasal mais tempo em contato com essas substâncias que provocam alergia.

Outro fator que contribui é o clima. Atletas de endurance acabam fazendo treinos mais longos e ao ar livre. Por isso estão mais expostos ao pólen, poeiras e a poluição em grandes centros urbanos. Mesmo quando treinam dentro de academias, esses ambientes têm ar condicionado o que causa ressecamento nasal. O ressecamento do nariz, pode alterar a concentração das secreções nasais. Isso altera o funcionamento normal do nariz deixando eles mais suscetíveis a lesões e inflamação, e favorecendo o surgimento de doenças nasais.

A natação também pode causar rinite

Outro grupo de atletas que acaba sofrendo bastante de rinite são os nadadores. Mas neles o efeito é por outro motivo. O cloro presente nas piscinas, ao entrar em contato com substâncias químicas do suor, urina e cabelo, reage formando subprodutos. Um deles é a clorina que pode causar irritação no nariz e está relacionada com a rinite. Nessa caso, estamos falando de uma rinite química. Esse quadro pode acontecer em pessoas que não têm sintomas de rinite, mas também pode ser mais frequente em alérgicos, que já têm uma inflamação basal do nariz.

A rinite e seus impactos no desempenho esportivo

A rinite quando não tratada pode atrapalhar a respiração pelo nariz, o que pode prejudicar o desempenho esportivo. Conforme a intensidade do exercício aumenta, temos a tendência a respirar mais pela boca. Mas isso não quer dizer que a respiração pelo nariz deixe de acontecer. Inclusive se você não respirar bem pelo nariz, pode ter um prejuízo na sua performance. (clique aqui para ler um post que fala sobre respiração e desempenho esportivo)

Se você sofre de rinite, saiba que embora ela não tenha curta, nem tratamento! O primeiro passo é evitar o contato com as substâncias que provocam os sintomas. Uma dica boa é lavar o nariz com soro fisiológico logo após o treino, diminuindo o contato com substâncias que causam alergias. Além disso, podem ser associadas medicações por boca e de aplicação no nariz. Para isso, procure um médico otorrinolaringologista. (clique aqui para saber sobre a rinite alérgica)

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Tem relação entre sono e desempenho esportivo?

Você sabia que um fator importante para melhorar seu desempenho esportivo é a qualidade do seu sono?

Foto de mulher dormindo.
Quais os impactos de dormir mal no desempenho esportivo
Quais os impactos de dormir mal no desempenho esportivo

A importância do sono para os esportistas

O primeiro motivo para o sono interferir no desempenho esportivo é que durante a noite que ocorre a recuperação da musculatura e a formação de novos músculos. Mas, além disso, alguns estudos já avaliaram os efeitos deletérios da privação do sono em atletas. Em um deles foi constatado uma queda de 4% na performance de ciclistas numa prova de 3km após uma noite de privação de sono. Outro estudo avaliou a distância percorrida em 30 minutos de esteira, comparando o resultado após uma noite boa de sono e outra com privação, e houve queda na distância percorrida no segundo grupo.

Para atletas profissionais, os impactos vão além. A falta de sono diminui a atenção e o tempo de resposta, que podem ser decisivos numa corrida de 100m ou na precisão de um saque em um jogo de tênis. Além disso, estudos também já provaram que a privação de sono está associada com maior chance de ocorrerem lesões. Além de ter um efeito imunossupressor que nos deixa mais suscetíveis a infecções das vias aéreas.

A prática de esportes também ajuda no sono

O inverso também é importante. Vários estudos já comprovaram os vários benefícios do exercício físico para o sono. Quem pratica algum esporte, acaba dormindo mais rápido, consegue relaxar mais durante a noite, tem mais tempo de sono profundo. Tudo isso faz com que a qualidade do sono seja melhor. Os esportistas também têm menor incidência de distúrbios do sono, como por exemplo a insônia. (clique aqui para saber sobre distúrbios do sono como apneia)

Uma dica importante é evitar treinos intensos próximo ao horário de dormir, pois durante o exercício ocorre a liberação de endorfinas e aumento da temperatura corporal que acabam atrapalhando o início do sono. Por isso, nada de treinos intensos até 2 horas antes da hora de dormir

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Como funciona a respiração no esporte

Você sabe como praticar uma boa respiração no esporte? Quando praticamos alguma atividade física temos a tendência a abrir a boca para respirar, mas será que isso é o ideal?

Como funciona a respiração no esporte
Como funciona a respiração no esporte

A importância de respirar pelo nariz

Primeiro vamos falar sobre a importância de respirar pelo nariz. A principal função do nosso nariz é respirar, ele é feito para umidificar, filtrar e aquecer o ar que chega aos nossos pulmões de forma mais confortável. Além disso, os nossos seios da face também ajudam na respiração pois produzem óxido nítrico, um gás com função vasodilatadora. O ar que respiramos pelo nariz tem maior concentração desse gás, melhorando o fluxo pulmonar e facilitando a troca gasosa. Assim é sempre melhor respirar pelo nariz.

Com o início de uma atividade física, ocorre uma vasodilatação no nariz e consequentemente diminui a resistência para a passagem do ar, facilitando a respiração no esporte. Porém conforme a intensidade do treino aumenta, manter a passagem do ar só pelo nariz começa a exigir um gasto extra de energia, por isso passamos a respirar também pela boca. Essa alteração é esperada em treinos mais intensos e não tem problema algum.

Mesmo atletas de alto rendimento, quando estão no pico do treinamento, respiram mais pela boca do que pelo nariz. Mesmo que durante o exercício, seja esperado respirar pela boca, a respiração nasal continua tendo importância. Pessoas com doenças nasais como um desvio de septo ou rinite mal controlada podem ter um prejuízo no seu desempenho esportivo (clique aqui para conhecer as doenças nasais mais comuns). Isso ocorre não só pela dificuldade de respirar pelo nariz, mas também por outras alterações que podem atrapalhar o sono e qualidade de vida.

Por isso, se você é um atleta, mesmo que amador, e respira mal pelo nariz precisa ser avaliado por um otorrinolaringologista.

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