A lavagem do ouvido é indicado quando acumula cera dentro do canal auditivo causando sensação de ouvido entupido, diminuição da audição e zumbido. Isso pode acontecer por um excesso de produção de ou pelo uso errôneo dos cotonetes, que acabam empurrando a cera para dentro do canal. A lavagem de cera é literalmente uma lavagem, é introduzido água dentro do ouvido com auxílio de uma seringa ou equipamentos preparados para isso, provocando a saída da cera. Em alguns casos, quando a cera está muito duro pode ser utilizado o cerumin, que ajuda a amolecer a cera e facilita nesse processo.

Um dos exames mais utilizados pelos otorrinolaringologistas, a nasofibrolaringoscopia é realizado por meio de um endoscópio com uma câmera na ponta, introduzido em cada narina, que avalia o trajeto do nariz à garganta. É ideal para diagnosticar casos de desvio de septo, hipertrofia de cornetos ou adenóides, corpos estranhos e até sangramentos nasais, além de problemas nas cordas vocais. O exame é realizado com anestesia local, no próprio consultório, não é necessário sedação, nem qualquer outro preparo especial, e é feito com o paciente acordado, até porque um dos objetivos é avaliar as pregas vocais se movimentando durante a fala.

Quem deve operar? Toda criança que tem hipertrofia de adenoide (tamanho aumentado) a ponto de causar sintomas, como dificuldade de respirar pelo nariz, roncos noturnos, voz anasalada. Outro motivo é quando obstrui a abertura da tuba auditiva predispondo a infecções de ouvido e acúmulo de secreção atrás do tímpano, chamada de otite média serosa.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita no hospital, sob anestesia geral, é feita por dentro da boca, podendo ser utilizado um instrumento chamado cureta ou com uso de aparelhos tipo shaver e visualização através de uma câmera de vídeo. Não é necessário dar nenhum ponto, se for preciso pode ser feita cauterização se estiver sangrando. O procedimento em geral é rápido, e o paciente costuma ter alta no mesmo dia. Muitas vezes é feito junto da cirurgia das amígdalas ou junto da cirurgia de colocação de tubo de ventilação.

Como é o pós-operatório? Nos primeiros dias, pode ser doloroso. É preciso cuidado na alimentação, evitando alimentos quentes, preferindo alimentos mornos ou frios, pastosos ou líquidos. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês. Na primeira semana, o paciente pode ficar com a voz mais anasalada e ocorrer o retorno de líquidos ingeridos pelo nariz, por conta de um mau funcionamento temporário do céu da boca, esse quadro melhora espontaneamente com o tempo. A complicação mais grave, e também mais rara, é um sangramento tardio do local operado, quando isso acontece pode ser necessário nova abordagem em centro cirúrgico.

Quem deve operar? A cirurgia é indicada para pacientes que têm amígdalas grandes, chamadas de hipertróficas e que causam algum sintoma obstrutivo, como obstrução nasal, respiração pela boca, roncos noturnos e apneias do sono. 

Também é indicado quando se tem amigdalites de repetição. A literatura orienta cirurgia quando há pelo menos 7 episódios de amigdalite em 1 ano, mais de 5 episódios de amigdalite por ano em 2 anos consecutivos e mais de 3 episódios de amigdalite por ano em 3 anos consecutivos. É levado em consideração outros fatores como alergias a diversos antibióticos, ocorrência de complicações como abscesso periamigdaliano, convulsões febris.

Outra indicação é a amigdalite caseosa. Caseos são aquelas massinhas brancas que acumulam nas amígdalas, ele são restos epiteliais de células das amídalas e restos alimentares que se acumulam em criptas amigdalianas (pequenos buracos nas amígdalas) podendo causar mau hálito e sensação de algo preso na garganta.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita no centro cirúrgico sob anestesia geral. O procedimento todo é realizado por dentro da boca, sem cortes externos. Se for necessário dar pontos, eles serão reabsorvidos pelo corpo com o tempo. É uma cirurgia rápida, que permite a alta no mesmo dia. Em vários casos, é feita junto da adenoidectomia para retirada das adenóides.

Como é o pós-operatório? O pós-operatório é bastante doloroso, principalmente em adultos. Crianças tendem a se recuperar mais rápido, sentindo dor apenas nos primeiros dias e com 1 semana já estão recuperadas. Adultos já permanecem com dor por mais tempo, e é necessário o uso de medicação analgésica de horário. É preciso cuidado com a alimentação, dando preferência por alimentos líquidos e pastosos, de temperatura fria a morna. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês. 

No dia do procedimento, paciente pode se sentir enjoado, tanto pelas medicações usadas na anestesia, mas ele pode ter engolido sangue durante o procedimento, o que causa desconforto gástrico levando até a vômitos. Na primeira semana, o paciente pode ficar com a voz mais anasalada e ocorrer o retorno de líquidos ingeridos pelo nariz, por conta de um mau funcionamento temporário do céu da boca, esse quadro melhora espontaneamente com o tempo.

A complicação mais grave, e também mais rara, é um sangramento tardio do local operado, quando isso acontece pode ser necessário nova abordagem em centro cirúrgico.

Quem deve operar? Desvios de septos são muito frequentes, sendo que a maioria é assintomática, não causando sintomas. Por isso, a cirurgia é indicada quando o desvio de septo traz algum prejuízo como dificuldade para respirar pelo nariz, roncos noturnos e respiração pela boca. Um desvio importante pode ainda favorecer casos de sinusite de repetição.

Importante ressaltar que a cirurgia é feita para melhorar a parte funcional, ou seja, a respiração, não altera em nada a parte estética. A cirurgia plástica é chamada de rinoplastia, e pode ser corrigido o septo junto da estética. 

Muitas vezes, junto da cirurgia do septo é feita a turbinectomia, que é a ressecção parcial das conchas nasais. Ela é indicada quando as conchas nasais são hipertróficas (de tamanho aumentado), contribuindo para sensação de nariz entupido.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita em centro cirúrgico, sob anestesia geral, tudo por dentro do nariz. Muitas vezes usamos um endoscópio nasal, um aparelho que tem uma câmera e auxilia a visualização dentro do nariz por um aparelho de vídeo. É feita uma pequena incisão na parte interna para descolar a mucosa da cartilagem e assim remover o desvio. Nesse local são dados pontos que serão reabsorvidos com o ponto.

Como é o pós-operatório? Não fica roxo, nem inchado, e não há cicatrizes externas. Não costuma doer também. Nos primeiros 3-4 dias, ocorre a saída de sangue em pequena quantidade de forma contínua. Uma complicação é um sangramento em grande volume que pode até necessitar de uma nova abordagem em centro cirúrgico. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês. 

Um cuidado importante é relacionado com a lavagem nasal. Ocorre a formação de muitas crostas no pós-operatório e manter uma lavagem nasal frequente ajuda a retirar o excesso e ajuda na cicatrização. Alguns cirurgiões têm por hábito deixar um splint nasal, uma tala de plástico colocada em ambas as fossas nasais, que é retirado em consultório após uma 1 semana, ele tem como objetivo evitar complicações como hematoma e abscesso septal

O hematoma septal é o acúmulo de sangue no septo nasal, e abscesso é o acúmulo de pus por conta de uma infecção. Podem acontecer nas primeiras semanas após a cirurgia, ocasionando uma piora da respiração pelo nariz, sendo necessário uma nova abordagem para retirada do líquido acumulado.

Outras complicações possíveis são: sinéquias e perfuração septal. A sinéquia é uma aderência cicatricial que acontece dentro do interior do nariz, em geral são pequenas e não trazem sintomas, podendo ser removidas em consultório. Raramente exigem uma nova abordagem. Uma perfuração é a comunicação entre os dois lados do nariz, pode acontecer durante o processo de cicatrização, pode levar a formação de crostas em sua borda e normalmente não precisa de novo procedimento.

Quem deve operar? A cirurgia é indicada para todos os pacientes que apresentam perfuração do tímpano crônica, que já dura pelo menos 3 meses. É muito comum o paciente apresentar também perda de audição, nesse caso pode ser feita uma reconstrução da cadeia ossicular que pode ser durante o procedimento ou em um segundo tempo.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita no hospital, sob anestesia geral, é utilizado um enxerto do próprio paciente que pode ser a fáscia do músculo temporal ou um pedaço de pericôndrio da cartilagem do próprio ouvido. A fáscia é uma membrana que cobre o músculo, e o pericôndrio uma membrana que recobre a cartilagem. Pode ser feito um acesso com uma incisão retroauricular (atrás da orelha) ou acesso intra auricular (pelo canal auditivo), e o enxerto é retirado nesse mesmo acesso. O enxerto funciona como um suporte que permite que a membrana possa crescer novamente e fechar a perfuração. A cirurgia dura em torno de 60-90 minutos, e o paciente em geral tem alta no mesmo dia.

Como é o pós-operatório? Não é uma cirurgia que costuma doer, pode existir algum desconforto no local onde foi dado os pontos, que serão retirados em 1 semana. Alguns pacientes podem apresentar tontura logo após a cirurgia por um acometimento do labirinto que fica dentro do ouvido.

Logo que opera a audição fica prejudicada, é colocado um material reabsorvível que mantém o enxerto no local e obstrui o canal auditivo. Por isso é normal sentir o ouvido entupido e uma piora da audição, essa sensação vai melhorando com o tempo, mas pode demorar até 3 meses para se recuperar completamente. Existe a chance de mesmo fazendo a reconstrução e fechando a perfuração, não ocorrer a melhora da audição, e existe uma chance muito pequena (menos de 1% dos casos) de ocorrer uma piora da audição.

Existe o risco da perfuração não fechar completamente e ser necessário outro procedimento, isso depende do tamanho da perfuração inicial, de características pessoais de cicatrização e da inflamação crônica do ouvido.

É preciso cuidado no pós-operatório pois uma infecção pode atrapalhar a cicatrização adequada, é preciso continuar evitando contato com água, e é prescrito antibióticos de forma preventiva. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês.

Alguns pacientes podem apresentar um gosto metálico logo após a cirurgia pela manipulação de um nervo chamado corda do tímpano, geralmente tem melhora espontânea com o tempo.

Quem deve operar? O tubo de ventilação é um pequeno carretel que funciona como um dreno, ele tem como objetivo melhorar a ventilação dentro do ouvido e assim evitar o acúmulo de secreção. Ele é indicado nos casos de otite média serosa (também chamada de otite média com efusão), para pessoas com otites de repetição e também auxilia a equalizar a pressão dentro do ouvido, evitando retrações timpânicas. 

Os tubos podem ser de curta permanência, sendo expulsos naturalmente pelo ouvido em 3-6 meses, ou de longa duração durando vários anos, e até permanecendo de forma definitiva.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita totalmente por dentro do canal do ouvido, sem cortes externos, é uma cirurgia rápida demorando em torno de 30 minutos. Pode ser feita apenas com anestesia local e sedação em adultos, ou com anestesia geral em centro cirúrgico. O paciente não precisa ficar internado, tendo alta no mesmo dia.

Como é o pós-operatório? O pós-operatório é tranquilo, não costuma doer e a recuperação é rápida, mas é preciso acompanhamento regular até que o tubo de ventilação seja expulso.

É orientado evitar o contato com a água, principalmente mergulho em piscina ou mar, o que pode levar a quadros de infecções com saída de secreção pelo ouvido. Uma complicação possível é a permanência de uma perfuração no tímpano após a saída do tubinho.

Quem deve operar? A mastóide é um osso do nosso ouvido que se comunica com a caixa timpânica onde ficam o tímpano e os ossos da audição. Para que nosso ouvido fique bem e sem infecções, essas duas regiões devem estar se comunicando e bem ventiladas. O objetivo da cirurgia da mastóide é garantir essas duas coisas, e assim ajudar a tratar quadros de infecções crônicas do ouvido. Ela é indicada para pacientes que apresentam otite média crônica supurada e a presença de uma doença chamada colesteatoma. Nesses quadros os pacientes apresentam a saída frequente de secreção de odor fétido pelo ouvido, e, frequentemente, perda de audição.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita em centro cirúrgico, sob anestesia geral, pode demorar de 2 a 3 horas, mas mesmo assim não é necessário dormir no hospital, com alta no mesmo dia. É feita uma incisão atrás da orelha, e com o auxílio de um microscópio e de brocas, vamos abrir o osso da mastóide até a região próxima a caixa timpânica. Se for o caso, pode ser feita a reconstrução do tímpano (timpanoplastia) e a reconstrução de cadeia ossicular (ossos responsáveis pela audição) no mesmo tempo cirúrgico.

Quando tem um colesteatoma, em alguns casos pode ser necessário fazer uma cirurgia mais agressiva chamada de timpanomastoidectomia de cavidade aberta, ou mastoidectomia radical. Nesses casos, por conta da evolução da doença pode ser necessário derrubar a parede que separa o osso da mastóide do canal do ouvido, formando uma grande cavidade única. Quando isso for necessário, é feita também uma meatoplastia, que é uma ampliação do canal do ouvido com o objetivo de facilitar o acesso a essa cavidade, e permitir uma melhor limpeza.

Como é o pós-operatório? Não é uma cirurgia que costuma doer, pode existir algum desconforto na região onde foram dados os pontos, que serão retirados após 7 dias. Alguns pacientes podem apresentar tontura logo após a cirurgia por um acometimento do labirinto que fica dentro do ouvido.

Em relação a audição, existem muitos fatores para se avaliar. Primeiro é preciso ter em mente, que por conta das infecções pode ser que o paciente já tenha alguma perda auditiva que não será recuperada com a cirurgia. Muitas vezes, por tratar a infecção e reconstruir o tímpano, pode sim acontecer uma melhora auditiva. Mas em todos os casos, logo que opera a audição fica prejudicada pois é colocado um material reabsorvível dentro do ouvido e canal auditivo. Por isso é normal sentir o ouvido entupido e uma piora da audição, essa sensação vai melhorando com o tempo, mas pode demorar até 3 meses para se recuperar completamente. Existe a chance de não ocorrer a melhora da audição, e existe uma chance muito pequena (menos de 1% dos casos) de ocorrer uma piora da audição.

Quando existe perfuração do tímpano, existe o risco da perfuração não fechar completamente e ser necessário outro procedimento, isso depende do tamanho da perfuração inicial, de características pessoais de cicatrização e da inflamação crônica do ouvido.

É preciso cuidado no pós-operatório pois uma infecção pode atrapalhar a cicatrização adequada, é preciso continuar evitando contato com água, e é prescrito antibióticos de forma preventiva. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês.

Alguns pacientes podem apresentar um gosto metálico logo após a cirurgia pela manipulação de um nervo chamado corda do tímpano, geralmente tem melhora espontânea com o tempo.

Quais as principais complicações?

  • Paralisia do nervo facial: O nervo facial é responsável pela movimentação da musculatura da mímica da face, ele tem um trajeto que passa por um canal ósseo dentro do ouvido. Em casos raros, o nervo facial pode ser lesionado durante a cirurgia, levando a uma paralisia que pode ser transitória ou permanente. É por isso que atualmente, de forma preventiva, é realizada a monitorização intra-operatória do nervo. O tratamento depende do grau de acometimento do nervo, podem ser utilizadas medicações e fisioterapia, mas se o nervo for seccionado, uma nova cirurgia pode ser necessária.
  • Fístula liquórica – O líquor é um líquido que envolve as meninges que recobrem o cérebro. Em algumas situações pode acontecer uma comunicação entre o ouvido e a região onde fica o líquor, formando uma fístula. Isso pode acontecer durante a cirurgia ou até pela extensão da doença que destrói o osso. Na maioria das vezes, essa situação é identificada já durante a cirurgia e corrigida na hora. Se isso não acontecer, pode ser necessário outro procedimento cirúrgico.

Quem deve operar? A cirurgia é indicada para pacientes com diagnóstico de otosclerose que tem perda auditiva do tipo condutiva e que não tem evidência de acometimento da cóclea, nosso órgão da audição. A otosclerose é uma doença do metabolismo ósseo, que afeta o estribo, um dos ossos da audição. Ela provoca o enrijecimento do osso, atrapalhando a vibração sonora e dificultando a transmissão do som do ambiente externo para cóclea. A cirurgia visa substituir esse osso por uma prótese.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita no hospital, com anestesia geral e auxílio de um microscópio ou endoscópio. O acesso na maioria das vezes é todo por dentro do ouvido, quando o canal auditivo é estreito pode ser feita uma incisão próxima ao canal do ouvido para facilitar o acesso. Em geral o paciente tem alta no mesmo dia e já sai da cirurgia ouvindo bem melhor!

Como é o pós-operatório? Não é uma cirurgia que dói, se for feita alguma incisão na pele pode ter algum desconforto nessa região. Alguns pacientes podem apresentar tontura logo após a cirurgia, devido a manipulação do labirinto e que melhora com uso de medicações em no máximo 7 dias.

Em relação a audição, a grande maioria das pessoas já sai da cirurgia ouvindo bem melhor. Infelizmente uma minoria tem resultado ruim, segundo a literatura mundial, em 3-5% dos casos não há melhora com a cirurgia e em 2% pode ocorrer piora da audição. Em relação ao zumbido, é muito comum que ele melhore com o procedimento, mas isso varia entre os pacientes.

É preciso cuidado no pós-operatório pois uma infecção pode atrapalhar a cicatrização adequada, é preciso continuar evitando contato com água, e é prescrito antibióticos de forma preventiva. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês. Ficam proibidas nesse primeiro mês: viagens de avião e descer a serra, por conta da variação de pressão que ocorre dentro do ouvido.

Alguns pacientes podem apresentar um gosto metálico logo após a cirurgia pela manipulação de um nervo chamado corda do tímpano, geralmente tem melhora espontânea com o tempo.

Pode ficar uma perfuração na membrana por conta da manipulação cirúrgica, em geral ela fecha espontaneamente e em casos raros pode ser necessário uma timpanoplastia no futuro.

Quem deve operar? A cirurgia é feita por queixas estéticas em ambientes que apresentam orelhas proeminentes ou em abano, e malformações da cartilagem do ouvido externo. Ela pode ser feita a partir dos 6 anos, pois nessa idade o pavilhão auricular já se encontra em tamanho muito próximo ao de um adulto. Existe o benefício de evitar que a criança sofra algum tipo de bullying por essa característica.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita em centro cirúrgico, em crianças o ideal é que seja feita com anestesia geral, já em adultos existe a opção de fazer com anestesia local ou com anestesia local e sedação. É feita uma incisão atrás da orelha por onde conseguimos remodelar a cartilagem e retirar o excesso se for necessário. Em geral, os pacientes têm alta no mesmo dia, algumas horas após o término do procedimento.

Como é o pós-operatório? O pós-operatório pode ser bastante doloroso, por isso são prescritas medicações analgésicas e anti-inflamatórias. O paciente sai do procedimento com um curativo, que é retirado no dia seguinte. Porém, para auxiliar na cicatrização adequada, os pacientes utilizam uma faixa compressiva de elástico de forma contínua nos primeiros 15 dias após a cirurgia, e depois por mais 15 dias apenas à noite para dormir. É orientado repouso na primeira semana, sendo que fica afastado de atividades físicas por 30 dias.

Por conta da manipulação a região pode ficar inchada, o que demora algumas semanas para regredir. Pode ter alteração da sensibilidade na orelha, que também melhora espontaneamente em alguns meses.

Complicações são raras, mas podem acontecer hematomas, infecções, abertura dos pontos, extrusão de pontos internos a longo prazo, queloide e cicatriz hipertrófica no local da incisão.

Existe ainda a possibilidade de não conseguir corrigir completamente o quadro, ou ficar com alguma assimetria que necessite de nova abordagem cirúrgica.

Quem deve operar? Antes de mais nada precisamos fazer algumas considerações sobre o ronco e apneia. Existem diversas causas para esses sintomas, então não são todos os pacientes que irão se beneficiar de uma faringoplastia. A cirurgia é realizada com o objetivo de diminuir os tecidos que vibram e ampliar o espaço lateralmente da faringe. Durante a investigação, o médico poderá solicitar 2 exames que ajudam a determinar o local de estreitamento da via aérea e propor o melhor procedimento para cada caso. 

Um desses exames é a nasofibrolaringoscopia, uma câmera que entra dentro do nariz e avalia a anatomia de nariz, faringe e laringe e vai sugerir possíveis locais de estreitamento. Outro exame que pode ser solicitado é a sonoendoscopia. É a mesma câmera da nasofibrolaringoscopia mas o exame é feito em ambiente hospitalar e o paciente está sedado. O objetivo é deixar o paciente em condições semelhantes ao sono noturno para tentar determinar de forma mais precisa os locais de estreitamento da via aérea.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita no centro cirúrgico sob anestesia geral. O procedimento todo é realizado por dentro da boca, sem cortes externos. São dados pontos dentro da boca, mas eles serão reabsorvidos pelo corpo com o tempo. O paciente em geral opera e tem alta no mesmo dia.

Como é o pós-operatório? O pós-operatório é bastante doloroso, e é necessário o uso de medicação analgésica de horário para controle da dor. É preciso cuidado com a alimentação, pode acontecer um pouco de dificuldade para se alimentar, além do impacto da dor. É preciso se manter sempre bem hidratado, e em relação a comida é dado preferência por alimentos líquidos e pastosos, de temperatura fria a morna. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês. 

No dia do procedimento, paciente pode se sentir enjoado, tanto pelas medicações usadas na anestesia, mas ele pode ter engolido sangue durante o procedimento, o que causa desconforto gástrico levando até a vômitos. Na primeira semana, o paciente pode ficar com a voz mais anasalada e ocorrer o retorno de líquidos ingeridos pelo nariz, por conta de um mau funcionamento temporário do céu da boca, esse quadro melhora espontaneamente com o tempo.

A complicação mais grave, e também mais rara, é um sangramento tardio do local operado, quando isso acontece pode ser necessário nova abordagem em centro cirúrgico.

Quem deve operar? A cirurgia para sinusite é indicada em três situações: quando se tem uma sinusite aguda com alguma complicação, sendo necessário um procedimento de urgência; para paciente com sinusite crônica que não respondem ao tratamento clínico com medicações orais e tópicas; e em pacientes que apresentam sinusites de repetição.

A cirurgia é feita com o objetivo de abrir os seios da face, e assim melhorar sua comunicação com a fossa nasal, o que facilita a drenagem de secreções e o acesso de medicações e soro fisiológicos.

Muitas vezes é feita a correção do desvio de septo e a turbinectomia no mesmo procedimento, principalmente quando os exames pré-operatórios mostram que eles podem contribuir para a obstrução dos seios da face. Os exames que mais auxiliam no diagnóstico são a nasofibrolaringoscopia e a tomografia dos seios da face.

Se o paciente tiver alguma outra condição como pólipos nasais ou outras lesões como papiloma invertido, eles são retirados no mesmo tempo cirúrgico com técnicas semelhantes.. Em alguns casos, podem ser usados aparelhos microdebridadores, tipo shaver.

Como é a cirurgia? A cirurgia é feita sob anestesia geral, em centro cirúrgico, por dentro do nariz, com o auxílio de um endoscópio (uma câmera com fibra óptica) e uma torre de vídeo. Raramente podem ser feitos acessos externos associados a via nasal. O paciente em geral tem alta no mesmo dia.

Como é o pós-operatório? O pós-operatório não costuma doer, sem alterações estéticas, nem inchaço no nariz. Nos primeiros 3-4 dias, ocorre a saída de sangue em pequena quantidade de forma contínua. Uma complicação rara é um sangramento em grande volume que pode até necessitar de uma nova abordagem em centro cirúrgico. É orientado repouso nos primeiros 7 dias, podendo retornar as atividades diárias após esse período, porém sem realizar atividades físicas por 1 mês. 

Um cuidado importante é relacionado com a lavagem nasal. Ocorre a formação de muitas crostas no pós-operatório e manter uma lavagem nasal frequente ajuda a retirar o excesso e ajuda na cicatrização. Quando é feita a cirurgia do septo, alguns cirurgiões têm por hábito deixar um splint nasal, uma tala de plástico colocada em ambas as fossas nasais, que é retirado em consultório após uma 1 semana, ele tem como objetivo evitar complicações como hematoma e abscesso septal

Pacientes que apresentam pólipos nasais podem perceber alterações no olfato, com a cirurgia existe uma tendência a melhora dessa queixa, porém alguns pacientes mantêm as alterações. Os pólipos nasais são ocasionados por uma alteração do revestimento nasal que se prolifera em excesso, assim existe um risco de recidiva, ou seja, os sintomas podem voltar depois de um tempo. Isso não acontece com a mesma frequência para outras doenças ou tumores nasais.

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