WhatsApp Image 2022-02-18 at 17.36.35

Rinite alérgica em atletas – tem relação?

Você sabia que atletas de endurance, que praticam corrida, ciclismo de estrada e triatlo estão mais sujeitos a terem sintomas de rinite alérgica?

Atletas de endurance estão mais sujeitos a terem sintomas de rinite

Atletas tem mais sintomas de rinite alérgica?

Sim! Já existem alguns trabalhos que avaliaram a incidência de rinite em atletas olímpicos e os números chamam a atenção. Nas olimpíadas de Sydney e Atenas, 18 e 13% de todos os atletas relataram ter rinite. Sendo que em atletas praticantes de natação e ciclismo, esses números são ainda mais altos – 19,3 e 17,3%, respectivamente na Olimpíada de Pequim. Além disso, a incidência de rinite tem aumentado com o tempo. Na delegação australiana de 1976, apenas 9,7% dos atletas referiram sintomas de rinite, enquanto na Olimpíada de 1996, o número subiu para 21,9%!. Bastante, né?

Mas por que isso acontece? Em atletas de endurance isso pode ser explicado pelo aumento da ventilação e maior tempo de exposição a aeroalérgenos (substâncias que provocam os sintomas da rinite). Durante o exercício, a ventilação, isto é, a chegada do ar ao pulmão, pode chegar a 200 L/min. Esse valor é 6x maior que o normal. Esse aumento deixa a mucosa nasal mais tempo em contato com essas substâncias que provocam alergia.

Outro fator que contribui é o clima. Atletas de endurance acabam fazendo treinos mais longos e ao ar livre. Por isso estão mais expostos ao pólen, poeiras e a poluição em grandes centros urbanos. Mesmo quando treinam dentro de academias, esses ambientes têm ar condicionado o que causa ressecamento nasal. O ressecamento do nariz, pode alterar a concentração das secreções nasais. Isso altera o funcionamento normal do nariz deixando eles mais suscetíveis a lesões e inflamação, e favorecendo o surgimento de doenças nasais.

A natação também pode causar rinite

Outro grupo de atletas que acaba sofrendo bastante de rinite são os nadadores. Mas neles o efeito é por outro motivo. O cloro presente nas piscinas, ao entrar em contato com substâncias químicas do suor, urina e cabelo, reage formando subprodutos. Um deles é a clorina que pode causar irritação no nariz e está relacionada com a rinite. Nessa caso, estamos falando de uma rinite química. Esse quadro pode acontecer em pessoas que não têm sintomas de rinite, mas também pode ser mais frequente em alérgicos, que já têm uma inflamação basal do nariz.

A rinite e seus impactos no desempenho esportivo

A rinite quando não tratada pode atrapalhar a respiração pelo nariz, o que pode prejudicar o desempenho esportivo. Conforme a intensidade do exercício aumenta, temos a tendência a respirar mais pela boca. Mas isso não quer dizer que a respiração pelo nariz deixe de acontecer. Inclusive se você não respirar bem pelo nariz, pode ter um prejuízo na sua performance. (clique aqui para ler um post que fala sobre respiração e desempenho esportivo)

Se você sofre de rinite, saiba que embora ela não tenha curta, nem tratamento! O primeiro passo é evitar o contato com as substâncias que provocam os sintomas. Uma dica boa é lavar o nariz com soro fisiológico logo após o treino, diminuindo o contato com substâncias que causam alergias. Além disso, podem ser associadas medicações por boca e de aplicação no nariz. Para isso, procure um médico otorrinolaringologista. (clique aqui para saber sobre a rinite alérgica)

Me acompanhe nas redes sociais para mais conteúdos sobre doenças do sono:
Instagram: @draanamariana.otorrino
Facebook: /draanamariana.otorrino

WhatsApp Image 2022-02-07 at 21.16.51

Tem relação entre sono e desempenho esportivo?

Você sabia que um fator importante para melhorar seu desempenho esportivo é a qualidade do seu sono?

Foto de mulher dormindo.
Quais os impactos de dormir mal no desempenho esportivo
Quais os impactos de dormir mal no desempenho esportivo

A importância do sono para os esportistas

O primeiro motivo para o sono interferir no desempenho esportivo é que durante a noite que ocorre a recuperação da musculatura e a formação de novos músculos. Mas, além disso, alguns estudos já avaliaram os efeitos deletérios da privação do sono em atletas. Em um deles foi constatado uma queda de 4% na performance de ciclistas numa prova de 3km após uma noite de privação de sono. Outro estudo avaliou a distância percorrida em 30 minutos de esteira, comparando o resultado após uma noite boa de sono e outra com privação, e houve queda na distância percorrida no segundo grupo.

Para atletas profissionais, os impactos vão além. A falta de sono diminui a atenção e o tempo de resposta, que podem ser decisivos numa corrida de 100m ou na precisão de um saque em um jogo de tênis. Além disso, estudos também já provaram que a privação de sono está associada com maior chance de ocorrerem lesões. Além de ter um efeito imunossupressor que nos deixa mais suscetíveis a infecções das vias aéreas.

A prática de esportes também ajuda no sono

O inverso também é importante. Vários estudos já comprovaram os vários benefícios do exercício físico para o sono. Quem pratica algum esporte, acaba dormindo mais rápido, consegue relaxar mais durante a noite, tem mais tempo de sono profundo. Tudo isso faz com que a qualidade do sono seja melhor. Os esportistas também têm menor incidência de distúrbios do sono, como por exemplo a insônia. (clique aqui para saber sobre distúrbios do sono como apneia)

Uma dica importante é evitar treinos intensos próximo ao horário de dormir, pois durante o exercício ocorre a liberação de endorfinas e aumento da temperatura corporal que acabam atrapalhando o início do sono. Por isso, nada de treinos intensos até 2 horas antes da hora de dormir

Me acompanhe nas redes sociais para mais conteúdos sobre doenças do sono:
Instagram: @draanamariana.otorrino
Facebook: /draanamariana.otorrino